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Plástica com segurança


Os brasileiros ficam atrás apenas dos americanos no ranking das populações que mais recorrem a cirurgias plásticas. Por aqui, são realizadas mais de 905 mil operações desse tipo por ano. Grande parte delas é exercida de forma perfeitamente confiável, por profissionais com capacitação especifica e em ambientes preparados para garantir a segurança do paciente no caso de alguma complicação. Mas o setor sabidamente atrai também uma cota de aventureiros: segundo o ultimo levantamento do Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo, mais de 90% dos médicos que respondem a processos relacionados a procedimentos estéticos não são especialistas. A lei, é verdade, não obriga o medico a ter residência em cirurgia plástica para atuar na área -mas assegurar que o cirurgião que você esta para escolher conta com essa formação pode diminuir muito o risco de problemas de saúde futuros ou a decepção com o resultado estético. A seguir José Horácio Aboudib, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica(SBCP), e outros especialistas alertam para atitudes que podem pôr sob suspeita a ética médica e faltam dos cuidados que os candidatos aos procedimentos mais comuns devem ter antes de encarar o bisturi. Atenção também para preços milagrosos: embora haja variações abaixo da media do que se pratica na sua região ou cidade, pode significar que algum aspecto da segurança ou da técnica esta sendo comprometido. MAMOPLASTIA As próteses usadas para aumentar o volume dos seios estão cada vez mais resistentes e seguras. Antes, uma paciente não podia ficar mais de dez anos com uma prótese; hoje, elas são feitas para durar o dobro desse tempo. É importante, no entanto, saber se o implante é liberado pela Anvisa. Outra ressalva: cerca de 4% das mulheres que colocam silicone tem o que os médicos chamam de contratura capsular – a cicatriz que normalmente se forma ao redor do implante se contrai demais e deforma a prótese, tornando-a rígida. Nesse casa, o certo e substituir a prótese. (Assista a Animação 3D do Procedimento RINOPLASTIA No Brasil, em 2011, 43809 pessoas enfrentaram o bisturi para arrebitar, estreitar ou corrigir alguma imperfeição do nariz. Do ponto de vista técnico, essa é considerada uma das cirurgias mais difíceis: exige muito perícia, talento particular e experiência, razão pelo qual nem todo cirurgião plástico se dispõe a fazê-la. Portanto, buscar um especialista em nariz (e de preferência algum profissional cujos resultados você já tenha conferido em outros pacientes) reduz o risco de problemas como assimetria e cicatrizes internas que podem dificultar a respiração. Além disso, a rinoplastia não deve ser feira antes dos 13 anos, quando as feições ainda estão mudando. (Assista a Animação 3D do Procedimento) BLEFAROPLASTIA Embora pareça simples, a cirurgia para melhorar a aparência das pálpebras, com remoção do excesso de pele, rugas e gordura, é bem delicada. Se não for muito bem-feita, ela pode deixar os olhos arregalados e a pele da pálpebra inferior repuxada, com parte do globo ocular à mostra, alerta Aboudib. Já a cicatriz costuma ser imperceptível, uma vez que a incisão é realizada na dobra da pálpebra superior ou, no caso da inferior, logo abaixo da linha dos cílios. (Assista a Animação 3D do Procedimento) ABDOMINOPLASTIA A cirurgia para remover o excesso de gordura e pele da região abdominal e restaurar os músculos enfraquecidos exige quase um mês de recuperação – o dobro do tempo pedido por uma lipoaspiração, por exemplo. Vale lembrar também que o corte horizontal, feito na região entre linha do púbis e o umbigo, deixa uma cicatriz aparente. Mulheres que ainda pretendem engravidar devem adiar a abdominoplastia ate o momento wu que a família já esteja completa: o ganho de peso natural da gestação pode comprometer o resultado da cirurgia. (Assista a Animação 3D do Procedimento) LIPOASPIRAÇÃO É a cirurgia plástica que oferece mais riscos. Isso ocorre porque, além de ser a mais frequente no pais, é a mais comumente realizada por médicos sem especialização. Esse procedimento não é indicado a quem quer emagrecer, já que a gordura retirada nunca deve ultrapassar 7% do peso corporal do paciente, diz Aboudib. O ideal é que a pessoa esteva no peso que deseja manter e se valha da lipoaspiração apenas para eliminar aquelas dobrinhas ou saliências que resistem à dieta e ao exercício. (Assista a Animação 3D do Procedimento) BELEZA COM CAUTELA De acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, preenchimentos, aplicações de toxina botulínica e peelings são os procedimentos estéticos não cirúrgicos mais comuns no país. A seguir, especialistas cometam os cuidados que cada um deles exige: PREENCHIMETO Capaz de dar volume a áreas como sulco nasal e o contorno dos lábios ou mesmo de disfarçar olheiras, o acido hialurônico é a substância mais usada no Brasil com essa finalidade. É também a mais segura, desse que aplicada por um profissional capacitado. O que pode dar errado: Se um vaso sanguíneo for atingido durante a aplicação, haverá grande risco de necrose, diz a medica Denise Steiner, presidente da Sociedade Brasileira de dermatologia. A especialista também alerta para o uso indiscriminado do polimetilmetacrilato (PMMA), um preenchedor definitivo cujo uso para fins estéticos é contraindicado. Por ser um composto acrílico, ele pode provocar sérias inflamações na região em que é aplicado e causar deformações na face. Ao contrario do acido hialurônio, que além de perder a eficácia após um ano, pode ter sua absorção acelerada, o PMMA é definitivo. E, como se mistura ao tecido, nenhum procedimento cirúrgico é capaz de removê-lo por completo, diz Denise. TOXINA BULÍNICA A toxina costuma ser aplicada na região dos olhos, da boca e do pescoço, para paralisar determinados músculos e, assim, atenuar rugas. Que pode dar errado: dependendo do local e da quantidade aplicada, a toxina pode causar uma elevação exagerada do supercilio, deixar a pálpebra caída ou a boca torta. Nesses casos, não há o que fazer, a não ser esperar o efeito passar, em um prazo que vai de dois a seis meses. Ou seja: tenha certeza de que é um medico, com conhecimento de anatomia, quem esta fazendo a aplicação. PEELING O peeling pode ser químico (quando substancias com acido retinoico, salicílico ou tricloroacético são usadas para descamar a pele) ou mecânico (quando a esfoliação é feita através de uma ponteira com microcristais) O que pode dar errado: dependendo da concentração do acido ou da potencia do aparelho que lixa a pele, o peeling pode deixar cicatrizes, manchas ou levar à perda de pigmentação da pele. Se o paciente nunca fez um peeling, portanto, o certo é pegar leve nas primeiras sessões, ate que se conheça bem sua tolerância e capacidade de adaptação ao método escolhido. POR UM FIO No que consiste o método: com ajuda de uma cânula, o cirurgião faz um pequeno furo no couro cabeludo do paciente. A partir dele, insere fios cirúrgicos que, sob a pele, são direcionados ate a região que se deseja esticar. Ganchos instalados em uma das pontas ajudam a fixar os fios. Por que alguns médicos o criticam: presos ao tecido, os fios não resistem a um período superior a seis meses, quando começam a ceder. Fonte: Revista VEJA


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